Nos últimos seis meses tivemos várias experiências motivadoras para os que esperançam uma política cultural mais próspera, próxima das necessidades de nossa comunidade, nosso caldeirão cultural que cozinha fazeres culturais diversos, em ebulição com tudo que acontece nesse nosso mundo conectado pós contemporâneo.
Em movimento, foi encaminhado a Câmara de Vereadores, em dezembro passado, um pedido para formação de uma comissão para tratar do Calendário de Manifestações Culturais Tradicionais e de avançar a questão dos Editais Culturais, que sensibilizou a Secut-LF para ouvir a comunidade cultural; está havendo uma reforma na composição do Conselho Municipal de Políticas Culturais, com ocupação dos segmentos em vacância; a organização da Academia Ipitanguense de Artes, Cultura e História, fundada em valores democráticos; o boicote de grupos culturais nas atividades realizadas pela Secult-LF em protesto com a situação cultural em diversas ocasiões, e, a meu ver, o principal acontecimento, a realização do III Fórum Municipal de Cultura de agosto passado que culminou no Manifesto Cultural “É Hora de agir”, e, na formação do grupo de whatsapp do Fórum Permanente de Cultura, amplamente divulgado e aberto à participação da comunidade cultural, por acreditar que as vozes precisam ecoar mas em um processo de colaboração democrática, que são os valores que acredito.
É neste ambiente que hoje está sendo realizada uma roda de conversa sobre as perspectivas da cultura para 2023, convidando toda a comunidade cultural a estarem presentes às 16h, no Empório 4J à Rua Milena Ramone A Ramos, 15 Ipitanga, localização https://maps.app.goo.gl/pPHKNYt3nCUHmEDSA, durante a realização da IV Mostra de Jazz que iniciou ontem com literatura, dança, poesia, música, gastronomia e segue hoje com artes plástica, enfim, diversidade cultural com boa música e se encerra no domingo.
Entendemos que política cultural envolve todos os agentes culturais, inclusive os consumidores de cultura, em tese, aqueles para quem as atividades culturais são realizadas, e, especialmente, os realizadores destas atividades: mestres de cultura, gestores culturais, artistas etc. O poder público, a gestão, deve promover a manutenção dos saberes tradicionais e ancestrais, a disseminação do conhecimento, qualificação dos realizadores de cultura e disponibilização dos equipamentos necessários, especialmente agora que está alinhado com os governos estadual e federal, com um Ministério liderado por Margarete Menezes que efetivamente representa a Cultura. Quanto mais agirmos em cooperação, mais próximos estaremos daquilo que entendemos ser melhor.
Venha participar e trazer suas reflexões para este espaço”
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