
"Jamais duvide da capacidade de uma mulher. Elas são nascidas no fogo, elas caminham na brasa. Elas são ungidas com óleo, são o sal da terra".
Dia 25 de Julho, dia da mulher Negra Latino Americana e Caribenha, em homenagem a Tereza de Bengela que dirigiu um quilombo no século XVIII. Segamos o espírito libertador de Tereza, com esta contribuição de Terezinha Barros, amiga e parceira de todas as horas.
Teresa de Benguela (Reino de Benguela, c. 1700 - Capitania de Mato Grosso, 1770) foi uma líder quilombola que viveu em lugar incerto, mas sabe-se que o Quilombo do Piolho, no qual liderou, estava às margens do rio Guaporé, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso [1].
Mulher escravizada fugida do capitão Timóteo Pereira Gomes, Teresa foi esposa de José Piolho,[2] que chefiava o citado Quilombo do Piolho na década de 1740.[1] Com a morte de Piolho, Teresa se tornou a rainha do quilombo no início dos anos 1750, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luís Pinto de Sousa Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada. Os sobreviventes passaram por humilhação pública, e foram marcados em ferro com a letra F, de fujão, e devolvidos aos seus antigos donos.
Fonte: Wikipédia

"Eu sou a mãe da praça de maio
Sou alma dilacerada
Sou Zuzu Angel, sou Sharon Tate
O espectro da mulher assassinada
Em nome do amor
Sou a mulher abandonada
Pelo homem que inventou
Outra mais menina
Sou Cecília, Adélia, Cora Coralina
Sou Leila e Angela Diniz
Eu sou Elis
Eu sou assim
Sou o grito que reclama a paz
Eu sou a chama da transformação
Sorriso meu, meus ais
Grande emoção
Que privilégio poder trazer
No ventre a luz capaz de eternizar
Em nós sonho de criança
Tua herança
Eu sou a moça violentada
Sou Mônica, sou a Cláudia
Eu sou Marilyn, Aída sou
A dona de casa enjaulada
Sem poder sair
Sou Janis Joplin drogada
Eu sou Rita Lee
Sou a mulher da rua
Sou a que posa na revista nua
Sou Simone de Beauvoir
Eu sou Dadá
Eu sou assim...
Ainda sou a operária
Doméstica, humilhada
Eu sou a fiel e safada
Aquela que vê a novela
A que disse não
Sou a que sonha com artista
De televisão
A que faz a feira
Sou o feitiço, sou a feiticeira
Sou a que cedeu ao patrão
Sou a solidão
Eu sou assim"
(Composição: Geraldo Azevedo / Neila Tavares)
Contribuição de Terezinha Barros
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