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  • Foto do escritorLauro Criativa

Projeto AfroSlam2024: Poesia Periférica que Vai Longe



O Projeto AfroSlam2024 é uma iniciativa artística e educativa que visa promover a poesia, dança e música, elementos essenciais da cultura Hip Hop, através da construção de um Slam entre artistas negros de Salvador e Recife. Essa interseção entre o Slam, a poesia e o movimento Hip Hop cria uma plataforma poderosa para a expressão cultural e social, permitindo que artistas abordem temas de injustiça, identidade e resistência de maneira transformadora. "O que fazemos é mais do que arte; é um grito de resistência e empoderamento da nossa comunidade", afirma Negra Winnie, idealizadora do projeto e ativista pelo movimento negro.




O Slam, uma forma contemporânea de poesia performática, revitalizou a tradição poética ao trazer a poesia para um contexto público e competitivo, onde a performance e a conexão emocional com o público são cruciais. "O Slam tem essa capacidade de transformar dor e luta em algo que ressoa e conecta. É uma arma poderosa na mão de quem sempre teve a voz silenciada", diz Mona Kizola, uma das produtoras do projeto. Da mesma forma, o Hip Hop, com suas raízes no spoken word, utiliza técnicas poéticas para criar letras que são tanto música quanto poesia, abordando questões sociais relevantes.




No Brasil, o Slam se popularizou rapidamente desde 2008, trazendo para as periferias uma ferramenta-comunidade-ação que ressoa fortemente com as experiências e lutas da população afro-periférica. O AfroSlam2024 chega contando com a produção de ativistas culturais como Lucas Biigz, Marina Lima, Olavo Reis e Mona Kizola, buscando ampliar essa manifestação, oferecendo oficinas educativas e um evento de Slam de Poesia aberto ao público. "Nosso objetivo é criar espaços onde a juventude negra possa se expressar, se reconhecer e se fortalecer. O Hip Hop e o Slam são nossas armas culturais", explica Olavo Reis, idealizador da Batalha de Portão. As atividades serão realizadas na Casa Astral, em Recife/Pe, de 10 a 15 de agosto de 2024, e incluirão oficinas de poesia e literatura afro-brasileira, criando um espaço de aprendizado e expressão para jovens artistas.



Com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Curadoria de Flotar Programa na pessoa de Juci Reis, o projeto se compromete a fortalecer a voz das comunidades afro-brasileiras e a celebrar a riqueza da cultura Hip Hop. "Acreditamos na potência da palavra, na força da nossa cultura e na importância de ocuparmos todos os espaços com nossas histórias e vozes", conclui Negra Winnie, destacando o impacto transformador que o projeto pretende gerar na comunidade.






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